E aí, leva isso comigo?

Dessa vez não vou evitar dizer o que está na minha cabeça só porque eu sei que minha mente geminiana vai negar no dia seguinte, não desviarei meus olhos por medo de ter minha mente lida,não vou ferir por medo de machucar, não vou desistir antes de começar, não vou evitar minha excentricidade, não vou me anular por sentir demais e logo depois não sentir nada, não vou me esconder em personagens. Dessa vez não vou querer tudo de uma vez, porque sempre acabo ficando sem nada no final. Estou apostando minhas fichas em você e saiba que eu não sou de fazer isso. Mas estou neste momento frágil que não quer acabar. Fiquei menos cafajeste, menos racional, menos eu. E estou aproveitando pra tentar levar algo adiante. Relacionamentos que não saem da primeira página já me esgotaram, decorei o prólogo e estou pronta pro primeiro capítulo. 

Caio F Abreu


Quase irreconhecível.
Para os outros, para mim mesma.
Estranho que essa sua força cause em mim um efeito tão perturbador.
Depois de tanto tempo sem sentir absolutamente nada, nem mesmo vontade de sentir alguma coisa.
Desculpa se te responsabilizei por essa chance de paz, por essa saída de emergência. É que gosto do modo como você se encaixa nos meus propósitos.
Talvez até passe, mas tomara que não.
Queria mesmo é que você me ajudasse a remar, me fizesse querer tocar esse barco.
Se no meio do caminho a gente ver que corre o risco de afundar a gente muda o rumo, volta pra praia, sem problemas.
Na verdade no barco que eu tô vale qualquer sentimento, o importante é voltar a apostar.
Vai valer a viagem, eu prometo.

- E aí, leva isso comigo?

Andréia de Fátima Hoelzle Martins 



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